Exclusivo

Opinião

Claro que posso ver “queer” em Taylor Swift

Na reação a um simples artigo de jornal, Taylor Swift mostra duas coisas. Primeira: hipocrisia; expõe a sua vida privada das redes e docs, mas depois fica amuada quando alguém tenta fazer leituras intimistas da sua persona e música. Segunda: não percebe o que é a liberdade. Estas estrelas pop são pequenas ditaduras ao pé das estrelas rockeiras do passado

As estrelas pop vivem do Facebook e do Instagram; vivem dessa total exposição da privacidade, porque lhes dá dinheiro, porque as redes sociais são veias e artérias que bombam dinheiro a cada segundo. Mas depois reina a hipocrisia. De manhã, exploram a sua privacidade; à tarde, ficam muito incomodados quando alguém faz comentários que entram direta ou indiretamente nessa intimidade. Ora, essa entrada é legítima por duas razões. Primeira: quando analisamos a arte de um artista, é impossível não tentarmos ligar o seu disco/filme/quadro à sua biografia; pode não ser possível lá chegarmos, mas é essencial no trabalho jornalístico; é uma curiosidade legítima. Segunda: se sempre foi assim, hoje em dia essa permissão faz ainda mais sentido devido às redes sociais exploradas pelas próprias artistas, sobretudo músicos e atores.

Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate