O nosso radicalismo é suave e moderado, uma pose mais do que uma convicção. Um radicalismo fofinho, confortavelmente abancado ao centro. Nem revolucionário, nem reformista, é um radicalismo que meteu os papéis para a reforma
Em Portugal, a política é um desporto radical. Moderadamente radical. Nada de skate ou surf. Nada de escalada ou rappel. Para-quedismo é para nonagenárias à procura de emoções fortes. O nosso radicalismo é de malha e chinquilho. Sueca e dominó. É um radicalismo não revolucionário. Nem sequer reformista. É um radicalismo para reformados. Reformados e sem espírito de aventura. Um radicalismo de sofá, de mantinha sobre os joelhos, enquanto se vê O Preço Certo – um programa radical da radical RTP – ou o programa da Júlia – radicalíssimo talk-show das tardes da SIC.
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