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Opinião

Desigualdade salarial: “Quem tem filhos tem cadilhos”

Todos os anos assinalamos o Dia da Igualdade Salarial, a data em que, em média, as mulheres deixam de receber um salário igual ao dos homens. Já faz um tempo que aparece com as castanhas e cai algures por esta altura. Nada de muito original: depois de bastante tempo a convergir, o valor do trabalho feminino passou a estagnar por todo o lado. Isto quando já ninguém discute a máxima “a trabalho igual, salário igual”.

Nos últimos tempos, mandaram-nos olhar para a família onde parece estar o principal problema. Tipicamente, a vantagem dos homens aparece quando os filhos entram na equação. Daí a multiplicação de medidas e declarações que incentivam a partilha da educação das criancinhas, a começar logo no dia zero com a divisão da licença parental. Hoje, o mantra é o pai cuidador, que dá banho, muda fraldas e não se esquece de aquecer o biberão. Um pai encarregado de educação, que verifica trabalhos e mochilas, fala com os professores e ainda se infiltra nos grupos de WhatsApp, sempre ditos “de mães”. Só com um pai destes, envolvido em todos os meandros da vida familiar, pode uma mãe almejar a não ficar para trás na carreira que escolheu.

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