Os carros anteriores a 2007 continuarão a pagar menos IUC. Não é possível ser pelo combate às alterações climáticas e não querer nada do que em nome dele se faz
Não é todos os dias que vemos uma petição somar mais de 300 mil assinaturas. O que querem os peticionários? Pagar menos impostos. Ou, dito de outra forma, impedir o anunciado aumento do Imposto Único de Circulação (IUC). São €25 anuais, no máximo, para quem tem carros — ou motos — anteriores a 2007. É uma medida altamente regressiva, argumentam os críticos, porque são as pessoas de menores rendimentos que têm estes veículos. É um argumento válido, sem dúvida. Progressividade — e equidade, já agora — são objetivos da maior relevância na política orçamental. Mas convém não olhar para os Orçamentos do Estado medida a medida. Há opções que, pela sua natureza, beneficiam sempre apenas parte da população e não é por isso que são erradas. Importa, isso sim, que no conjunto as medidas sejam equilibradas e equitativas. Como é óbvio, é impossível que os aumentos de salários da Função Pública ajudem os reformados ou que atualizações das pensões beneficiem quem recebe Rendimento Social de Inserção (RSI).
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