Se a vida correr bem ao ministro das Finanças, Medina passará a ser o sucessor natural de António Costa
Fernando Medina está a arrecadar capital político suficiente para se colocar na primeira fila para voos mais altos. Depois da vergonha da derrota inesperada em Lisboa, a entrada na pasta das Finanças era um desafio difícil. Não só tinha de ocupar o lugar de Mário Centeno (houve mais um ministro, mas de João Leão não reza a lenda e muitos já nem se lembram que foi ministro) como enfrentava o desafio extra de ter de passar os cheques a uma maioria absoluta sedenta de mostrar serviço. Isto enquanto, ao contrário dos seus antecessores, enfrentava uma espiral inflacionista, os impactos do início da guerra na Ucrânia e o enorme crescimento das taxas de juro.
Nem dois anos depois, Medina recolhe os louros por anos consecutivos de superávite das contas públicas, pela redução da dívida para valores considerados inatingíveis há 10 anos e pela maior redução do imposto sobre o rendimento das famílias de que tenho memória.
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