A devolução das propinas é uma boa ideia para reter talento em Portugal?

SIM Os baixos salários são um dos principais problemas estruturais que o nosso país enfrenta. Estes não são apenas uma consequência de um défice histórico de qualificações, da elevada precariedade laboral ou de um frágil tecido produtivo. São também causadores de pobreza, de dificuldades em pagar casa e, claro, de emigração. Apesar de a emigração ter diminuído 23% desde 2015, uma recente sondagem apontou que mais metade dos jovens admite a possibilidade de sair de Portugal.

O Governo do PS sempre teve uma estratégia de qualificação económica e valorização salarial. Foi uma inversão face à estratégia de “desvalorização interna” do PSD que acreditava que “só vamos sair da crise empobrecendo”. À aposta na inovação, ciência e empreendedorismo, somámos a subida do salário mínimo, o descongelamento das carreiras e a reforma das políticas ativas de trabalho. Em acordo na concertação social, reformámos as leis laborais e acordámos subir os salários também no sector privado. Isto não foram só powerpoints — o crescimento subiu de uma média de 0,2% ao ano entre 2000 e 2015 para 2% ao ano desde então, há mais 800 mil empregos e os salários subiram 26,5%.

Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.