Ouvir Futre é como entrar numa máquina de memórias sobre futebol, não o futebol científico e chato dos “especialistas”, mas o futebol enquanto máquina do tempo que me leva até à infância, até ao futebol que jogava na rua com o Zé Tolas, o Ruço, o Puto, o Macaco; o futebol enquanto manifestação daqueles pequenos pormenores - do calão aos gestos - que fazem a unidade invisível do meu país
O que é um país? Talvez seja a organização emocional de memórias que a maioria das pessoas reconhece de imediato; talvez seja a partilha em massa de memórias afetivas que são incompreensíveis para um estrangeiro; se há “private jokes”, também há “private feelings”, que, quando são ampliadas à escala dos milhões, fazem um país. E essas memórias, sendo humanas e não de um algoritmo, podem ser inexplicáveis através da razão.
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