Opinião

Uma figura pública, um ‘coach’, um ativista e uma ‘influencer’ debatem acerca do que se passa

16 dezembro 2022 0:03

Há mais saber nestas quatro qualidades juntas do que em seis prémios Nobel de qualquer coisa. O mundo e todos nós não passamos sem eles

16 dezembro 2022 0:03

A figura pública achou que a derrota de Portugal frente a Marrocos era o fim de um ciclo, porque quando se perde é sempre o fim de qualquer coisa. Mas o ativista discordou e disse que uma perda apenas significa a necessidade de redobrar argumentos e agitação convincente para uma nova investida e uma nova vitória. O coach deu-lhe toda a razão: “Dá a volta, quando caíres, dá a volta. É o que nos ensinam os sábios japoneses e chineses que inventaram as artes marciais.” Já a influencer disse que o ciclo podia ter terminado antes, se prestassem atenção aos tiques do treinador, Fernando Santos, e aos posts da Georgina: “No geral, nós que temos muitos seguidores falamos a mesma linguagem do povo, e o povo já tinha percebido que aquelas contrações musculares não prenunciavam uma grande preparação e uma enorme intenção.” “É errado”, disse o coach, “as contrações musculares denotam apenas um excesso de stresse, motivado pelas elevadas preocupações. Eu costumo dizer às pessoas que ajudo que devem fazer uns ligeiros treinos de autoconvencimento, tipo olhar para o espelho e gritar aqueles gritos selvagens que nos vêm do fundo do cérebro e do atavismo de quando éramos umas bestas.” O ativista, que tinha percebido mal a palavra “atavismo” e supusera ter ouvido “ativismo”, elevou a voz: “O que é lá isso?