A tal geração mais qualificada de sempre

O frio glacial da manhã corta a cara, um daqueles frios de inverno com uma brisa que raspa na pele como faca afiada. O povo chama a esta brisa um barbeiro, de fazer a barba. Na fila do café estão jovens, 20 a 30 anos, encapuçados. São oito da manhã em Londres, e uma massa do Ártico caiu sobre a cidade. Os jovens não parecem friorentos, agarram nos copos de cartão com líquidos a ferver e desaparecem na boca do metro. Têm os olhos brilhantes da idade que tem fama de ser a melhor da vida. Têm, apesar da crise, dos erros do ‘Brexit’, do caos dos governos britânicos, das greves e dos mil problemas de um Reino Unido que parece ter perdido a bússola, os olhos da alegria. Estão contentes por viverem numa metrópole cosmopolita e vibrante. E por terem um emprego.

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