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Adriano Moreira (1922-2022): em ditadura como em democracia, um sobrevivente – mas não um oportunista

Adriano Moreira (1922-2022): em ditadura como em democracia, um sobrevivente – mas não um oportunista
Rui Ochoa

Foi preso político, ao lado de Mário Soares, depois foi ministro do Estado Novo, mas dois anos chegaram para perceber que não mudaria o regime por dentro. O regime democrático não lhe foi funesto, nem lhe vedou as portas a um sem-número de elevados cargos. Lutou dentro da democracia, lutou por ela, deixou marcas na academia, na política, na lusofonia. Tornou-se um dos mais esclarecidos das elites, com menos sucesso entre o povo. No longo tempo de Adriano – números redondos, 36.500 dias –, o mundo mudou e muito, nem sempre como ele o sonhou

O académico e homem público a que usaram chamar Adriano Moreira, de seu nome completo Adriano José Alves Moreira, nasceu em 6 de Setembro de 1922, ainda durante a República, sendo pois contemporâneo da primeira travessia aérea do Atlântico Sul por Gago Coutinho e Sacadura Cabral, de Pierre Cardin, Judy Garland, Saramago e Agostinho Neto; ou seja, viu a luz ainda antes do regime do Estado Novo e morreu muito depois dele, o que dá bem a ideia da longevidade, a um tempo existencial e física, mas também cívica e política, deste transmontano natural de Grijó de Vale Benfeito, Macedo de Cavaleiros, ora falecido em Lisboa, pouco depois de perfazer 100 anos.

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