Opinião

Dia Mundial do Meio Ambiente: para uma transição ecológica mais inclusiva, sustentável e geradora de crescimento

Dia Mundial do Meio Ambiente: para uma transição ecológica mais inclusiva, sustentável e geradora de crescimento

Nuno Flora

Presidente da ADIFA – Associação de Distribuidores Farmacêuticos

A ADIFA assumiu recentemente o compromisso de se atingir a neutralidade carbónica da atividade de distribuição farmacêutica de serviço completo em Portugal até 2040, dez anos antes ao proposto no Green Deal, um objetivo que prevê ainda uma redução de 40% das suas emissões de CO2 já em 2030

Celebra-se a 5 de junho mais um Dia Mundial do Meio Ambiente. Em 2022, este dia ganha especial importância uma vez que marca os 50 anos desde a Conferência de Estocolmo, que trouxe à discussão a temática da defesa do meio ambiente. Para este ano, as Nações Unidas repetem o tema lançado há 50 anos – ‘Uma só Terra’ – mostrando como este mantém a sua atualidade e, ao mesmo tempo, recordando-nos como o planeta é a nossa única casa.

Hoje, a defesa do meio ambiente domina a agenda de muitos países e, em particular, a Europa, que está verdadeiramente empenhada em assegurar um futuro mais sustentável. Através do Pacto Ecológico Europeu ou Green Deal, a Europa propõe-se ser o primeiro continente a atingir a neutralidade carbónica até 2050. Trata-se de um objetivo ambicioso que envolve múltiplas iniciativas em prol da proteção e preservação ambiental por parte de governos, empresas e cidadãos.

Ser neutro em emissões de carbono implica alterações profundas na forma como utilizamos a energia e os recursos, apostando em soluções renováveis e na sua utilização de forma eficiente e assente em modelos de economia circular.

Nesse espírito, a ADIFA e as empresas suas associadas assumiram recentemente o compromisso de se atingir a neutralidade carbónica da atividade de distribuição farmacêutica de serviço completo em Portugal até 2040, dez anos antes ao proposto no Green Deal, um objetivo que prevê ainda uma redução de 40% das suas emissões de CO2 já em 2030. Entendemos ser este o momento de afirmar este compromisso e desenvolver ações positivas, que consideramos necessárias para acelerar a transformação ecológica deste sector de atividade.

Reconhecendo o impacto ambiental da distribuição farmacêutica de serviço completo, nomeadamente ao nível das suas infraestruturas, armazenamento e, principalmente, de transporte, a ADIFA pretende, assim, assegurar um alinhamento sectorial com vista a alcançar as metas de neutralidade carbónica propostas.

O nosso compromisso com a sociedade passa por promover a sustentabilidade ambiental, a transição energética nas várias plataformas dos nossos associados e a promoção de iniciativas que visem a diminuição da nossa pegada ambiental, particularmente em termos de mobilidade.

Enquanto elo vital do circuito do medicamento em Portugal, os distribuidores farmacêuticos de serviço completo asseguram uma distribuição diária e contínua em todo o território nacional de medicamentos e outras tecnologias de saúde, permitindo, através da sua capacidade, agrupar, em média, encomendas de 19 laboratórios distintos numa só entrega. A partir das suas 27 plataformas logísticas, são realizadas mais de 6 mil entregas por dia (aproximadamente 1 milhão de embalagens), que são distribuídas por mais de 800 viaturas especializadas no transporte de medicamentos.

Investir na transição ecológica do sector passa precisamente por entender quais os impactos ambientais relevantes das empresas de distribuição farmacêutica, bem como de os quantificar de forma a ser possível definir as prioridades para o sector.

Temos, assim, um grande desafio pela frente que é o de efetivar a transição ecológica e garantir simultaneamente a competitividade e o crescimento sustentado das empresas de distribuição farmacêutica, que prestam um importante serviço de interesse público enquanto agentes de saúde pública e promotores da coesão territorial do país.

Esta será, por isso também, uma oportunidade única para evoluir ao nível da prestação de serviços, adquirir novas capacidades e competências e envolver todos os parceiros da cadeia de valor do medicamento em ecossistemas colaborativos que permitam o ajustamento do sector a este paradigma.

Neste Dia Mundial do Ambiente expressamos e reforçamos o compromisso de realizar uma transição ecológica que seja simultaneamente inclusiva, sustentável e geradora de crescimento da distribuição farmacêutica em Portugal, tornando-a exemplo para outros sectores, por um país mais verde, um planeta mais saudável e um futuro mais sustentável.

Nuno Flora é presidente da ADIFA – Associação de Distribuidores Farmacêuticos

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