Há quem se fascine por aparecer, por tratar de todos os assuntos como se a comunicação fosse o mais importante. Foi o erro descarado de Rui Rio quando associou a prisão de Rendeiro ao ciclo político, como foi o erro de o Governo aproveitar para salientar o bom funcionamento da PJ; ou do diretor da PJ ao dar várias entrevistas
Comecemos por ordem de gravidade dos casos: Rui Rio foi um autêntico desastre ao associar a captura de Rendeiro às eleições de 30 de janeiro. Como Marcelo Rebelo de Sousa disse, nada disto pode ter começado depois de se saber que iria haver eleições. O líder do PSD, que tem vários conflitos com a conceção do Estado de Direito, na linha aliás do primeiro-ministro (e por alguma razão se dariam bem), mostrou que sobre estas matérias mais valia – literalmente – estar calado.
A deputada Mónica Quintela, advogada de profissão e por isso, provavelmente, habituada a defender causas que podem parecer perdidas, ensaiou uma explicação que apela para a ironia do líder e o facto de o diretor da PJ ter falado de mais, tal como o Governo. Não podia fazer mais nem melhor, mas cara Drª Mónica Quintela, o enorme júri que são os cidadãos deste país parecem não ter ficado convencidos, nem sequer comovidos, com as suas explicações. Resta-lhe aconselhar o ‘cliente’ a que, nestes casos, se cale.
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