Se as próximas eleições legislativas são cruciais é porque o que delas resultar será um teste de stress à robustez da nossa democracia (disponibilizamos, para os nossos assinantes, a crónica de Pedro Adão e Silva da edição semanal deste sábado, 11 de dezembro)
A democracia é, por definição, o regime da intermediação e do compromisso. Residem aí, aliás, as suas principais virtudes: uma capacidade incontestável para dirimir conflitos, através da negociação e de cedências face a posições iniciais. A fragilidade democrática manifesta-se hoje precisamente no recuo das instituições de intermediação (fustigadas diariamente e a viverem uma crise de legitimidade) e na dificuldade de diálogo coletivo. A confiança institucional (dos parlamentos à administração pública, passando pelos partidos e comunicação social) está a diminuir a um ritmo rápido um pouco por todo o lado e é difícil encontrar exemplos de compromisso consequente.
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