A expectativa de que a imagem jornalística seja uma ilustração, e não uma perfuração da atualidade, empobrece a nossa vantagem irónica e crítica sobre o poder e torna-nos mais suscetíveis aos seus desmandos
Demoro-me no retrato de James Joyce que Berenice Abbott fez em Paris, em 1928. Uma das desvantagens da desvalorização da fotografia de imprensa é ir deixando de ser possível aos leitores (e eleitores) contemplarem vagarosamente a cara dos protagonistas do seu tempo. O recurso a bancos de imagens, a ansiedade da fotografia digital e a pressão mal paga em que os fotojornalistas são obrigados a trabalhar privam-nos de imagens profundas do poder.
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