A corrupção das instituições coloca em perigo o sistema democrático, mas talvez já não haja assim tanta gente preocupada com isto, considera o engenheiro Pedro Moura neste espaço semanal de opinião a cargo do Observatório de Gestão da Fraude
Não há grande segredo aqui: um dos principais ativos de uma sociedade democrática são as suas instituições, nomeadamente a confiança que a população nelas deposita.
Viver em sociedade implica a cedência de uma parte da liberdade e recursos pessoais em favor do todo. Essa cedência é compensada por um nível de proteção e potenciação do indivíduo que só um largo grupo social permite. Este par cedência / proteção é a charneira de um sistema dinâmico, negociado em permanência por todos os atores sociais, e instanciado em cultura, leis e instituições. As instituições são entidades mandatadas pelo povo e seus representantes, cuja principal missão é garantir a saudável manutenção e governo do acordo social, gerindo de forma equilibrada e sustentável os aspetos repressivos e de proteção.
As instituições devem, assim, conduzir-se como entidades exemplares, pessoas de bem, merecedoras de confiança, imparciais na sua ética de pilares de uma sociedade democrática.
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