A pressa não é boa conselheira em matérias de Direito, embora a excessiva lentidão corresponda à ausência de Justiça. Assim sendo, vou tentar deixar de lado o essencial do processo e o alarme social por ele provocado, e tentar discutir o que, com tempo (e já sem reflexos na Operação Marquês), poderá servir de lição para o futuro
Que a reação imediata é má conselheira, viu-se logo na sexta-feira, quando o ex-primeiro-ministro festejou após ter sido pronunciado (terá dado por isso?) de branqueamento de capitais e falsificação de documentos. “Laudring and forgery”, assim titulavam jornais de língua inglesa. Imaginem lermos isto sobre um qualquer primeiro-ministro europeu… e o víssemos sair contente e satisfeito com a acusação. Mas há muito caminho a fazer naquele processo: só os recursos são um calvário. Enfim…
Mas há, pelo menos, algumas lições que se podem retirar deste processo, que ainda vai no adro. Como aqui escreveu João Garcia (Expresso | Sócrates tem razão: só agora começou), ainda há muito caminho para andar. Porém, sem pressas, os legisladores e os juristas podem começar a tornar a Justiça em algo compreensível pelo povo.
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