A onda provocada pela pandemia que nos tem transportado para uma realidade na sua quase totalidade virtual é a mesma que carrega, na crista, os criminosos para o mesmo contexto. Neste espaço semanal a cargo do Observatório de Gestão da Fraude, a professora Rute Serra, do Instituto Português de Psicologia, na área da criminalidade económica, analisa os estudos mais recentes sobre esta temática
Pode o leitor mais distraído julgar que o título desta crónica levanta a dúvida sobre se a pandemia de covid-19 que grassa será uma fraude. Não poderá o leitor estar, se assim for, mais equivocado. Infelizmente, a doença que precipitou o mundo para o olho de um furacão de categoria 5 na escala de Saffir-Simpson é bem real.
O que concomitantemente sucedeu, sucede e aparentemente sucederá é que para além da questão de saúde pública que a pandemia suscita, a existência deste vírus maldito carrega nos genes a capacidade de infetar os seres humanos, impelindo-os a praticar, com intenção crescente, atividades de cariz fraudulento. A onda que nos tem transportado para uma realidade na sua quase totalidade virtual é a mesma que carrega, na crista, os criminosos para o mesmo contexto.
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