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Opinião

Indignemo-nos… mas sempre!

Indignemo-nos… mas sempre!

Henrique Monteiro

Ex-Diretor; Colaborador

Vale a pena condenarmos esta indignidade e explicar por que motivo são sagradas as nossas fontes e as nossas conversas. Por que motivo os jornalistas, tendo direitos especiais, têm igualmente deveres ímpares, que são direitos da sociedade, imperativos do Estado Democrático de Direito. Mas já devíamos ter começado este combate há muito

É inacreditável que a PSP, a mando do Ministério Público, tenha vigiado jornalistas e intercetado chamadas telefónicas nas quais poderiam ficar a conhecer as suas fontes, chegando, mesmo, a congelar a conta bancária de um deles. É miserável… Mas deixem-me contar as vezes que eu, e alguns poucos mais, se manifestaram indignados com ações da Justiça e dos jornalistas, sem que houvesse o mesmo burburinho.

Em dois textos oportunos, duas pessoas muito diferentes, João Garcia - jornalista há muito mais de 40 anos, que foi diretor-adjunto do Expresso e diretor da revista "Visão" -, e Daniel Oliveira, um já antigo cronista do Expresso, afirmaram uma coisa essencial sobre este e outros processos. Eu também a escrevi na última edição semanal do Expresso, numa pequena nota, e nisso estamos de acordo: a principal hipocrisia é que em Portugal tudo é segredo de Justiça. A exceção, que a lei prevê, é regra em tudo quanto possa interessar a sociedade.

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