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Opinião

O presente envenenado de Rio a si mesmo

O presente envenenado de Rio a si mesmo

Henrique Monteiro

Ex-Diretor; Colaborador

Existem épocas em que rejeitar um documento como o OE é mais delicado do que noutras. Vivemos no fio da navalha, com uma crise económica que gerou uma urgência social nunca vista, nem nos tempos da troika

O líder do PSD fez um enorme favor a Costa e atrapalhou as reivindicações do BE e da restante esquerda. Ao declarar que vota contra o Orçamento, correndo embora o risco de parecer (ou ser) tão irresponsável como todos os outros, obriga o BE ou o PCP, e quem quer que seja da esquerda, a responsabilizar-se pelo OE, ou chumbá-lo. Na verdade, era exatamente o que Costa queria, tendo chegado a dizer que preferia acabar com o Governo a fazer um OE que contasse com o PSD; ao contrário, era tudo o que a esquerda não queria, quando insinuava que o Orçamento podia ser aprovado pelo PSD, com quem o PS, paulatinamente, se estaria a aliar.

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