Começar um estudo sem saber, depois da investigação aturada, a que resultados chegaremos, é perigoso. Muito perigoso. Os factos podem desmentir a teoria
Uma autêntica entrada fora de tempo foi o que mais de 60 académicos portugueses fizeram ao publicar um manifesto “Contra a higienização académica do racismo e fascismo do Chega”. Este manifesto tem por objeto um estudo do investigador Riccardo Marchi (ISCTE/IUL) que afirma não encontrar sinais de fascismo e racismo, ou mesmo de extrema-direita, no partido de André Ventura.
Os indignados intelectuais (lá estão Boaventura Sousa Santos, Fernando Rosas, Manuel Loff, etc.) não toleram esta lavagem académica. Claro que toleraram, toleram e tolerarão outras – desde a lavagem cubano/venezuelana à russo/chinesa. Boaventura insurge-se tantas vezes contra o imperialismo que ataca a Venezuela quantas um homem muda de camisa. Mas há coisas que não se admitem.
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