Professor de Economia da Univ. do Minho
Seja na forma de empréstimos da Comissão Europeia, de emissão de dívida com o apoio do Banco Central Europeu ou de supostas de dádivas da UE a fundo perdido, não haverá milagres. Mesmo admitindo que haja alguma transferência de recursos dos países mais ricos da UE para os mais pobres, o grosso da despesa será pago por nós
Fiquei admirado com o otimismo entusiasmado que a proposta da Comissão Europeia gerou. É verdade que somando todos os apoios anunciados pelo BCE, as quantias anunciadas são substanciais. Mas não faz sentido comparar este Fundo ao Plano Marshall, o programa de reconstrução europeia que se seguiu ao final da II Guerra Mundial. O Plano Marshall consistiu numa ajuda americana à Europa. Estamos a falar de recursos externos. Não há nada disso nos atuais planos. É a Europa que tem de encontrar os seus recursos.
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