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Opinião

Com “rei”, mas sem “roque”: relação estado-sociedade em Portugal

Com “rei”, mas sem “roque”: relação estado-sociedade em Portugal

Óscar Afonso

Diretor da Faculdade de Economia do Porto

O Observatório de Economia e Gestão de Fraude (OBEGEF) promove neste espaço semanal uma reflexão sobre as temáticas da fraude, da corrupção, da economia não-registada, da ética, da integridade e da transparência, contribuindo deste modo para a formação de uma opinião pública mais esclarecida e mais participativa

Curiosamente, sociedades com condições geográficas e económicas semelhantes e sujeitas a influências semelhantes desenvolvem tipos de estados muito diferentes. Num extremo estão os estados (e elites) fracos com pouca capacidade para regular as relações económicas ou sociais, podendo dar origem à anarquia. No outro extremo estão os estados despóticos, absolutos e extrativos, que dominam a sociedade civil e que quanto mais se enraízam mais estabelecem uma hierarquia difícil de mudar, mais enfraquecem a sociedade, e mais se autoenfraquecem. No entanto, há também estados (e elites) inclusivos, que, sendo reformadores, competem continuamente com a sociedade civil (não elite) firme e assertiva, e são estes que prosperam. Desde logo porque a competição estado-sociedade desencadeia maiores investimentos por parte do estado, particularmente nos serviços/bens públicos, no cumprimento da lei e da ordem, ou na justiça. Consoante o contexto – anarquia, despotismo, ou estado inclusivo –, as mesmas pessoas podem viver em pobreza extrema num país e prosperar quando mudam para outro.

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