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Opinião

Quinzenal: A crise que nunca existiu

Quinzenal: A crise que nunca existiu

Vítor Matos

Jornalista

Este era o debate quinzenal para se fazer o escrutínio político da crise, mas nada nos diários das sessões indicará que o primeiro-ministro esteve para se demitir. Daqui a 100 anos, os historiadores vão ter de ler os jornais. O Parlamento tinha a obrigação de questionar António Costa sobre o “teatro” e a “encenação”. A direita teve medo e aceitou a derrota. À esquerda não interessava. Estamos em campanha eleitoral

A crise política dos oito dias por causa da carreira dos professores - mas que ficou resolvida logo nos primeiros três quando a direita recuou -, afinal, não existiu. Quem chegasse de Marte e ouvisse o debate quinzenal desta segunda-feira com o primeiro-ministro, aterrava num planeta sem dramas: era a modernidade das disquettes em relação às cassetes, foram as dívidas do Estado a várias entidades debatidas em tom morno e institucional, era o “desplante” de Joe Berardo perante a Assembleia da República, foi a nacionalização do SIRESP - como se a última semana e meia tivesse sido apagada da memória e dos registos nacionais (talvez Orwell se lembrasse de fazer uma coisa destas, mas estamos no domínio da realidade e não da ficção). Foi tudo política corrente e habitual, para todos nos esquecermos de que nos últimos dias a política não foi habitual nem corrente.

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