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Um afinal feliz?

Um afinal feliz?

Sebastião Bugalho

Eurodeputado eleito pela AD

O evento: afinal a Justiça

Depois de 21 dias de detenção, os suspeitos da operação ainda sem nome na Madeira saíram em liberdade com a medida de coação mais suave de todas: termo de identidade e residência. O juiz de instrução, por sua vez, negou quaisquer indícios de corrupção na investigação que derrubou o governo regional da Madeira e o presidente da Câmara do Funchal.

Os efeitos políticos do acontecimento não se ficaram pela ilha, nem tão-pouco pelo PSD. Pedro Nuno Santos, que vinha recusando reagir a casos concretos na Justiça, cedeu à pressão do seu partido (Santos Silva, Ferro, Ana Catarina Mendes) e acabou por manifestar estupefação com o sucedido. O reconhecimento que há algo não-normal a acontecer já é transversal nos dois principais partidos. E a necessidade de um pacto de Justiça o mais transversal possível ‒ com partidos e players do sistema judicial ‒ é até reconhecida pela Iniciativa Liberal.

O PS, cujo secretário-geral evitou a tudo o custo trazer a operação que fez cair António Costa para a campanha, e o PSD, cujo líder nunca quis uma vitória devida a um processo judicial, vão acabar a conversar sobre o que menos queriam: a Justiça.

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