“Aka Charlie Sheen”/ “Também Conhecido como Charlie Sheen" (Netflix) é um produto de audiovisual em duas partes que chegou há pouco e está a ser martelado pela crítica, como provavelmente seria de esperar. Não que seja mau ou bom, mas tem muito poucas novidades e isso não se perdoa num “tell all” (que podemos traduzir livremente como “abrir o jogo”).
O documentário (aqui a palavra deve ser lida com muitas aspas, sublinhados e itálicos) aborda a vida errante do ator Charlie Sheen pelo mundo dos excessos de álcool, drogas e sexo, faltará aqui o jogo, talvez nunca lhe tenha dado para tal. Toda a gente sabia disto, que o ator foi muitas vezes trágico nos devaneios e excessos, pelo que “Aka Charlie Sheen” é então um resumo alargado e detalhado de um percurso de autodestruição que falhou porque Sheen está vivo, apesar da ampla experiência com drogas, entrevistas bizarras e chocantes, numa delas admitiu até ser portador de HIV. Vive agora em modo boa pessoa, desde há sete anos que é abstémio, está confessional, apaziguador de demónios antigos, amigo das ex-mulheres, fazedor de pontes com os filhos que foi fazendo, colaborador de projetos na Netflix.
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