A queda foi grande, garantiu-me uma fonte do PSD com quem falei há dias: nas sondagens internas, alegadamente, a AD estaria com oito pontos de vantagem face ao PS antes desta crise relâmpago, mas com ela a vantagem terá caído para apenas três pontos. Isto vale o que vale e, honestamente, nesta altura vale nada: nenhum político consciente tomaria a decisão de enviar o país para eleições com base em dados que mudaram radicalmente.
Como explicará qualquer especialista em sondagens, nos momentos de crise abrupta as sondagens que contam são as que fazem as entrevistas de campo depois de tudo acontecer – neste caso depois de ser oficial a queda do Governo. Só aí os portugueses começam a fazer o seu julgamento sobre o comportamento de cada um dos líderes. Essas primeiras sondagens ainda não apareceram (o Expresso e a SIC terão uma no final desta semana), mas por agora, com o que sabemos, vale a pena reter apenas duas coisas:
- A imagem de Luís Montenegro saiu, de facto, prejudicada com a Spinumviva;
- Isso não significa, de todo, que este seja o fim do ‘montenegrismo’ – ou pelo menos que o atual primeiro-ministro esteja destinado a perder as eleições de 18 de maio.
Hoje, neste Observatório da Minoria, vou por aqui.
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