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Sobreviver ao fogo

Sobreviver ao fogo

Marco Grieco

Diretor de Arte

Bom dia, caro leitor/utilizador/amigo/espectador.


Entra ano, sai ano, os incêndios são a nossa praga de verão. Mais hectare, menos hectare, mais fogo posto, menos trovoada seca, a história se repete, funesto conto de onde não tiramos lições, nem projetos, nem medidas efetivas.


A omnipresença das labaredas para onde quer que se olhe é, por vezes, deveras aflitiva. Não há hora do dia em que não nos deparemos com um prenúncio de tragédia nos mais diversos quadrantes de Portugal.


E ficamos a imaginar a dor, a ansiedade, o cansaço daqueles que ficam frente a frente com o poder arrasador do fogo. Em Arganil, Sabugal, Trancoso, Castelo Rodrigo, Viseu, Covilhã…


Podemos quase sentir um agreste cheiro a fumo a exalar dos ecrãs, a nos entrar pelos olhos, pelos poros, pela alma. Mas, afinal, o que podemos efetivamente fazer para que tudo isso não volte a acontecer?


A “Idade do Fogo” – altura em que os humanos começaram a utilizar as chamas de forma controlada e consistente –, já lá foi há quase dois milhões de anos. Mas, tal qual feroz animal selvagem hipoteticamente domado, o maldito fogo talvez nunca se deixe, realmente, dominar.

Jovens médicos penalizados

Os médicos recém-especialistas vão ser colocados entre a espada e a parede: ou assinam contrato, ocupam as vagas e ficam vinculados ao Serviço Nacional de Saúde ou deixarão de poder trabalhar como “tarefeiros” nas unidades públicas, segundo a versão preliminar do projeto de decreto-lei que visa regulamentar as prestações de serviço.

Bizarrice eleitoral

Nas próximas Autárquicas, só o Chega e a CDU não apostam em alianças e só o partido de Ventura concorre em todos os concelhos. PS e PSD admitem que a transformação do sistema fez aumentar coligações, algumas delas bastante estranhas e inesperadas.

Uma guerra sem fim… à vista

Qual será a paz de Donald Trump para a Ucrânia? As perguntas e respostas sobre a negociação em curso e todos os territórios em disputa. Reportagem na Ucrânia e opinião de Miguel Monjardino.

O que fazer da Europa?

O ensaio desta semana no Ideias é sobre os desafios do Velho Continente nos belicosos tempos que correm. Henrique Burnay, consultor de assuntos europeus, deixa algumas pistas para o futuro de uma Europa que teme a Rússia, desconfia da China e já não confia nos EUA.

E ainda…

. Fugir da violência em casa e ter de sobreviver nas ruas

. Irão, um país de contradições

. Árbitros são a “30ª seleção” a treinar na Cidade do Futebol

Milhões sem controlo

Auditoria da Agência para o Desenvolvimento e Coesão após a Operação Maestro concluiu que AICEP falhou na “prevenção, deteção e correção de erros”. Relatório aponta também para diversos conflitos de interesse na teia de empresas ligadas ao empresário Manuel Serrão.

FlixBus vs. Rede Expressos

A empresa alemã FlixBus já apresentou mais três recursos, junto ao regulador dos transportes, contra a Rede Expressos/Grupo Barraqueiro, relativos aos terminais de Caldas da Rainha, Fátima e Nazaré. E mais poderão seguir-se.

Um verão a trabalhar

Muitos hotéis apostam em espetáculos ao vivo e os músicos dividem-se entre a paixão pela arte e a dificuldade em viver dela. Numa outra realidade, municípios andam a gastar valores recorde com concertos em ano eleitoral: Tony Carreira e Xutos podem custar mais de €40 mil por concerto, enquanto os britânicos James cobram quase quatro vezes este valor para subirem ao palco.

E ainda…

. Nómadas receberam €1,7 mil milhões do exterior

. Fatura média da água subiu mais de 16% nos últimos três anos

. Quais são os desafios dos CEO do futebol para a nova época?

Um samurai “moçambicano”

Yasuke era negro e terá nascido no que é hoje Moçambique. Foi escolhido como protagonista do recente jogo “Assassin’s Creed: Shadows”, com o Japão feudal como pano de fundo. A destruição – virtual – de um santuário que existe na vida real gerou acusações de insensibilidade. O tema chegou mesmo ao Parlamento, numa polémica que acabou por envolver até o primeiro-ministro nipónico.

Amazonas, o rio mar

Da nascente à foz da serpente de água que corta as Américas. O relato emocionado de mais de quatro mil quilómetros ao longo do mais caudaloso rio do mundo, do Peru ao Brasil.

Basta!

Ehud Olmert, de 79 anos, foi primeiro-ministro de Israel. Proveniente de uma família de imigrantes russos, foi durante décadas uma figura marcante da política israelita. Em entrevista, critica a forma como Benjamin Netanyahu tem conduzido a guerra em Gaza e diz que os israelitas se deixaram consumir pela raiva: “Já matámos o suficiente, já destruímos o suficiente”

E ainda…

. 100 anos de uma missão chamada Açores

. “Private Music”, o regresso dos Deftones

. Vícios: as praias da Normandia


A todos um ótimo fim de semana.
Vemo-nos pelo Expresso.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: MGrieco@expresso.impresa.pt

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