Um dia particular

OUTRAS NOTÍCIAS

👨‍⚖️ “We Are Never Ever Getting Back Together” O Tribunal Constitucional (TC) deitou por terra a principal bandeira do Governo no início da legislatura ao chumbar por inconstitucionalidade cinco normas da lei de estrangeiros – o que, consequentemente, ditou o veto do Presidente da República. Contudo, a decisão dentro do tribunal não foi pacífica e originou declarações de voto dos ‘vencidos’ consideradas “não habituais” por constitucionalistas ouvidos pela Margarida Coutinho. Com, pelo menos, três juízes para lá do mandato, há quem levante a hipótese do Governo avançar com a substituição através de acordos à direita, ainda antes do diploma regressar ao TC.

🤝 “Bad Blood” Há vontade comum em que o encontro entre os líderes norte-americano e russo no Alasca resulte num cessar-fogo da guerra na Ucrânia, que deverá deixar de fora decisões sobre território ucraniano. Mas, ainda antes de chegar à conversa com Putin, Trump e os líderes europeus, nos quais se incluiu o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, reuniram em videoconferência. A Salomé Fernandes faz-lhe o resumo de tudo o que foi falado.

💰 “Miss Americana & the Heartbreak Prince” O 401K americano sofreu alterações na semana passada, passando a permitir também investimento em criptoativos e imobiliário. O texto, assinado pelo Gonçalo Almeida, dá conta que o Governo promete a medida há dois anos, embora o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, pouco tenha adiantado sobre o assunto.

🥵 “August” Quase metade de Portugal continental acordou a 12 de agosto com temperaturas mínimas acima dos 20 °C, num verão que já soma quatro ondas de calor e regista noites tropicais inéditas em várias localidades do interior, escreve a Carla Tomás. Pelo menos três localidades destacaram-se por atingirem recordes para os valores mais altos de temperatura mínima alguma vez registados nas respetivas estações de monitorização a 12 de agosto: Viseu com 27,2 ºC, Guarda com 26 ºC e Lamas de Mouro com 19 ºC.

FRASES

“...Ready for It?”
“Estou bem preparado para essas funções” - João Cotrim Figueiredo, candidato presidencial e ex-líder da Iniciativa Liberal

“Look What You Made Me Do”
“Com os existentes ou me abstinha, ou votaria em António José Seguro. Mas sem qualquer entusiasmo” - João Galamba, ex-secretário de Estado da Energia, em entrevista ao Expresso, que será publicada no semanário de sexta-feira

“You’re on Your Own, Kid”
“O aleitamento materno é o comportamento alimentar mais frágil e mais vulnerável ao exterior” - Isabel Loureiro, médica de Saúde Pública e investigador

PODCASTS

💃 “Dancing with Our Hands Tied” Íris de Brito já trabalhou com artistas como Jay-Z, Enrique Iglesias ou Kylie Minogue e participou nos musicais ‘Chicago’ e ‘Evita’, audição na qual concorreu contra a um dos bailarinos principais de Michael Jackson. Com três décadas de profissão, a coreógrafa, neste episódio d'”O Tal Podcast”, reforça a importância da dança não só nos palcos como no dia a dia. “O movimento ajuda em tudo.” Saiba mais sobre a sua história com o novo episódio, conduzido por Georgina Angélica e Paula Cardoso, com a sonoplastia de Salomé Rita.

🍨 “Cruel Summer” As grandes discussões do verão: lamber ou morder o gelado; bola de Berlim com ou sem creme; e o peixe, quer-se escalado ou não?A discussão é trazida por Ricardo Dias Felner em mais um episódio d’“O Homem que Comia Tudo”, com a sonoplastia de João Luís Amorim.

🤍 “Soon You'll Get Better” Há vidas que parecem não caber numa só vida. A jornalista Andreia Catarino diz que vence lotarias, mas ao contrário. Sabe o que é estar doente desde a adolescência. Com 42 anos, já teve quatro cancros: um linfoma, um tumor no fígado, cancro da mama e cancro da tiroide. No podcast “Tenho Cancro. E Depois?”, com Sara Tainha e a sonoplastia de Gustavo Carvalho, conta a sua história ao lado da oncologista Patrícia Pereira, que a tem acompanhado.

🔁 “Begin Again” Dentro de algumas os sociais-democratas interrompem as férias e aproveitam a festa na praia de Quarteira para enviar uma mensagem política ao país. E mesmo que antes que o Pontal acabe com a silly season e tudo recomece, Paulo Baldaia aproveita o pretexto para falar de férias, gastronomia e literatura com o jornalista Vítor Matos. A sonoplastia do episódio é de Gustavo Carvalho.

O QUE ANDO A LER
“Mataram a Cotovia” (Relógio de Água, 1960), Harper Lee
Embora seja uma das recomendações do Plano Nacional de Leitura para o 11.º, só agora, à beira dos 32 anos, é que aqui cheguei. E lamento ter chegado tão tarde. Esta é daquelas histórias que devia ser obrigatória para qualquer pessoa ser considerada um adulto apto à vida em sociedade. É um brilhante exercício de empatia e de respeito pelo próximo através das vivências de uma menina de seis anos, Scout, e o seu irmão Jem, um par de anos mais velho.

A história, que corre nos anos 30 nos EUA, acompanha o crescimento das duas crianças, enquanto o seu pai, advogado, defende um homem negro em tribunal, acusado de violação de uma mulher branca. Paralelamente, os dois irmãos vivem uma espécie de drama com o vizinho da casa ao lado, uma lenda local que raramente sai à rua.

Se me arrependo de ter demorado tanto tempo a pegar num livro que está há anos lá em casa, deixa-me ainda mais angustiada já o ter lido e nunca mais poder voltar a lê-lo com o mesmo olhar de novidade e desconhecido. Gostava muito de ainda não o ter lido.

Oh, darlin', don't you ever grow up
Don't you ever grow up
Just stay this little
Oh, darlin', don't you ever grow up
Don't you ever grow up
It could stay this simple
I won't let nobody hurt you
Won't let no one break your heart
And no one will desert you
Just try to never grow up
Never grow up

“Never Grow Up”

O QUE ANDO OUVIR

Num mundo em que anda tão estranho, em que os fogos não dão descanso, em que parece difícil reconhecer um óbvio genocídio em curso, em que a guerra continua aqui ao lado sem soluções além de sucessivas cimeiras e encontros que prometem muito e, habitualmente, entregam pouco, e em que se começa a banalizar barbaridades como as mulheres deixarem de votar; as coisas boas, quando aparecem, deixam-nos - ou pelos menos a mim deixam -, particularmente entusiasmados.

Há três dias que, na minha cabeça, a vida se pinta em glitter laranja e verde menta. Bem-vindos a uma nova era, esta é “The Life of a Showgirl”. Depois de meses de especulação - acredite, a comunidade de fãs é bem intensa -, Taylor Swift confirmou o lançamento do 12.º álbum e, esta madrugada, deu-nos uma data: 3 de outubro.

Com o aproximar de uma nova sonoridade, tenho aproveitado para me despedir (eu, sei, não é um adeus, teremos sempre o Spotify), das bem mais depressivas 30 músicas do“The Tortured Poets Department”, editado em abril do ano passado e um dos meus preferidos.

E, se chegou até ao fim desta newsletter, terá notado que ao longo do texto fui deixando algumas sugestões de canções daquela que é hoje o maior nome da música. Não são escolhas aleatórias e, enquanto não conseguimos meter os nossos ouvidos no novo álbum, espreite as que aqui lhe deixei. Ou, então, siga até esta playlist, escolhida a dedo em maio de 2024, quando Taylor Swift esgotou duas noites o Estádio da Luz.

Termino o meu Expresso Curto por aqui. Obrigada por nos ler. Continue a acompanhar-nos no Expresso, na Tribuna e na Blitz, a ouvir-nos e a ver-nos também. Não se esqueça que também estamos sempre por aqui, ali, além e acolá.