Bom dia, caro leitor/utilizador/amigo/espectador.
O verão já chegou e com ele a promessa de calor, sol, praia, viagens, copos, amigos, mesa farta e… carteira vazia ao fim do mês.
A pensar no sempre combalido contribuinte – e eleitor, que os políticos não dormem – o Governo vai antecipar a redução do IRS para agosto com medo dos sempre nebulosos desenvolvimentos da economia mundial e nacional.
Conseguindo uma aprovação-relâmpago na Assembleia da República, haverá mais salário para incrementar o consumo nos meses de verão e assim tentar travar o abrandamento da economia, uma preocupação assumida para já apenas nos corredores do poder.
Se quer saber quantas imperiais – ou finos – vai poder comprar a mais com as escassas migalhas com as quais nos tentam encantar, não deixe de consultar as páginas do seu Expresso desta semana.
Calvário imigrante
As alterações ao reagrupamento familiar propostas pelo Governo vão limitar ainda mais o que já é difícil de alcançar. Maioria dos imigrantes recorre a intimações judiciais contra a AIMA.
A paz pela força
A participação dos Estados Unidos na guerra com o Irão foi encerrada com um anúncio de cessar-fogo que irritou as duas partes beligerantes. Num primeiro momento, Benjamin Netanyahu retribuiu o favor a Donald Trump (que aceitou atacar as bases nucleares iranianas), concedendo-lhe uma vitória política — inquestionável. Mas, para lá dos troféus de curto prazo para Washington, os danos da última semana para a ordem internacional podem vir a ser estruturais.
O novo PS
José Luís Carneiro rema muitas vezes contra as probabilidades. Chega à eleição para secretário-geral do partido, que se realiza este fim de semana, sem alguns apoios, mas com o aparelho do seu lado. Diz que o faz por “dever”, mas também por ter condições para liderar o PS neste momento difícil, depois da hecatombe eleitoral de maio.
Os “Ensaios” de Montaigne
Finalmente, Michel de Montaigne chega ‘inteiro’ a Portugal. Passados mais de quatro séculos desde a sua publicação original, em 1580, os “Ensaios” do filósofo francês só agora mereceram a tradução completa dos três livros.
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Palavra de Unicórnio
Virgílio Bento, cofundador do unicórnio português Sword Health, não se refreou nas críticas ferozes ao imobilismo das instituições públicas, à incompetência dos seus gestores e ao circuito fechado dos negócios no país: “É preciso acabar com a oligarquia de Portugal.”
TAP, de novo…
Está iminente a publicação do caderno de encargos da privatização da TAP, mas o modelo de venda, as obrigações e os poderes que irão ser permitidos aos futuros acionistas são assunto fechado a sete chaves. Desde a anterior privatização, em 2015, o Estado já apoiou a empresa com €3,4 mil milhões.
O inventor do teletrabalho
A caminho dos 93 anos de idade, o engenheiro Jack Nilles continua a defender o termo teletrabalho, que cunhou em 1973 e testou então, pela primeira vez, numa sucursal de uma seguradora norte-americana: “O teletrabalho é uma solução, não é um penso rápido.”
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SuperBibi
“A força atrai e a fraqueza repele. No Médio Oriente, os fortes sobrevivem, e com a força faz-se a paz.” Ao longo de cerca de quatro décadas, Benjamin Netanyahu não alterou a sua visão do mundo: a confiança não é um conceito relevante para o Médio Oriente, e muito menos para a sua política. Cada vez mais paranoico, acredita que baixar a guarda é morrer.
O regresso de Seguro
O “Mr. Compromise” que quer chegar a Belém ao estilo de Mário Soares – das bases para o topo –, mas que é “à Guterres” que se apresenta: como “um tipo de coração”. António José Seguro volta da reserva para ser candidato presidencial sem a certeza sequer de ter o apoio formal do Partido Socialista.
Suásticas portuguesas
Nos anos 1930 e 40, à boleia da intensa propaganda nacional-socialista, Portugal foi alvo de uma onda de fascinação por Adolf Hitler e pelo seu ideário, que envolveu figuras de proa da nação, da cultura e das universidades, além de jornalistas que ‘reportaram’ os feitos da ‘nova Alemanha’.
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A todos um ótimo fim de semana.
Vemo-nos pelo Expresso.
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