Como uma onda no mar…
Bom dia, caro leitor/utilizador/amigo/espectador.
“Nada do que foi será
De novo do jeito que já foi um dia
Tudo passa, tudo sempre passará
A vida vem em ondas
Como um mar
Num indo e vindo infinito”
Estes versos de um “bolero moderno” foram escritos em 1983. Pela pena do carioca Lulu Santos, em parceria com o paulista Nelson Motta, invadiram as rádios que embalavam as vagas eternas a bater nas praias de outro continente.
Hoje, 42 anos mais tarde, o indo e vindo infinito continua mundo afora, no ritmo dos humores do vento e das fases da Lua. Entretanto as alterações climáticas trouxeram novas ondas de preocupação. Só este ano, nove temporais ajudaram a acentuar a erosão costeira em Portugal, roubando território e pondo em risco construções e infraestruturas.
Em apenas três meses, nalgumas zonas o mar avançou mais de 25 metros. Na frente de mar do Furadouro, em Ovar, não ficou um metro de areia, apenas o enrocamento de proteção. Na praia do Forte Novo, em Quarteira, perderam-se 10 metros de linha de costa. Segundo especialistas, “um quinto da costa continental portuguesa está ameaçada”.
Estão aprovadas dezenas de intervenções de proteção e de defesa do litoral no âmbito do Programa Operacional Sustentável 2030, num investimento total superior a €77 milhões. Mas será suficiente deitar tanto dinheiro ao mar?
“Não adianta fugir
Nem mentir
Pra si mesmo agora
Há tanta vida lá fora
Aqui dentro sempre
Como uma onda no mar”
Crianças traficadas
Portugal está definitivamente – e infelizmente – na rota do tráfico de crianças para a Europa. Famílias de França, Bélgica e Suíça recebem avultados subsídios estatais e as crianças acabam a fazer trabalho doméstico ou são exploradas sexualmente. Só em março, num espaço de 10 dias, a Polícia Judiciária identificou duas ocorrências ligadas às redes internacionais de tráfico de menores que utilizam Portugal como placa giratória.
Mais um mês de campanha
Sondagem do ICS em parceria com o ISCTE, realizada para o Expresso e a SIC, mostra AD na frente (27%) e com mais eleitores convictos. PS e Chega aparecem, respetivamente, com 23% e 16% das intenções de voto. Mas margem de erro mantém em aberto um eventual empate técnico. Entre os que dizem votar PS, só 73% garantem não mudar de ideias.
Hungria
Carlos Marques de Almeida, professor do Instituto de Estudos Políticos da Católica Carlos Marques de Almeida, leva-nos numa viagem guiada ao país de Viktor Orbán, a Europa entre dois mundos.
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Fosso eterno fosso
No ano passado, os presidentes executivos das cotadas da Bolsa portuguesa auferiram mais do que no ano anterior. A maior parte dos líderes já ganha mais de €1 milhão anualmente. Em média, auferem mais de 50 vezes o custo médio de cada trabalhador das empresas que gerem.
Quem não herda, fica na m…
Na maior transferência de riqueza de sempre, a fortuna dos pais pode desincentivar o trabalho e a inovação. Dramas e guerras são comuns na hora das partilhas. Especialistas defendem revisão da lei.
Rica banca
Os lucros dos bancos bateram novos recordes em 2024 e com isso também disparou a distribuição de dividendos, em linha com os máximos inéditos no sector pela Europa fora. Em Portugal, os seis maiores bancos vão entregar aos acionistas mais de €2,8 mil milhões – um aumento de quase 35% face a 2024.
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Aliança Ibérica?
Numa entrevista ao Expresso, Isabel Díaz Ayuso, presidente da Comunidade de Madrid, ataca o primeiro-ministro socialista Pedro Sánchez pelos acordos com “nacionalistas, xenófobos e comunistas”, elogia Carlos Moedas e não esconde a sua preocupação com a relação entre a Europa e os EUA.
Cunhal na prisão
O filme “Camarada Cunhal”, do realizador Sérgio Graciano, sobre os anos da clausura e a operação de libertação, chega dia 24 de abril aos cinemas.
Comida de plástico
Enquanto a ciência aponta os ultraprocessados como um dos principais vilões da saúde pública, há quem os defenda como um reflexo inevitável — e até necessário — das contradições da vida moderna. Reacende-se agora o debate sobre o que realmente se pode definir como “comida de plástico”.
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A todos um ótimo fim de semana.
Vemo-nos pelo Expresso.
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