Deus nos livre da guerra
Bom dia, caro leitor/utilizador/amigo/espectador.
Já não é novidade para ninguém que o mundo é um lugar muito perigoso. Apesar de alguns números e estatísticas atestarem que nunca houve tão poucos conflitos espalhados pelo globo, a avalanche noticiosa atual – através de meios mais ou menos fiáveis – dá a nítida impressão de que estamos constantemente em guerra.
Senão vejamos: sem chegarmos ao “pormenor” de algumas quezílias esquecidas – ou menos mediáticas –, como as que grassam há anos na Síria ou na Somália, todos os dias entra-nos pelo ecrã adentro uma panóplia de imagens dos conflitos no Médio Oriente ou na Ucrânia. Sangue, suor e mísseis.
Do outro lado da trincheira dos gráficos de barra e dos estudos e relatórios consta também que, desde a Segunda Grande Guerra, nunca houve tantos países envolvidos em combates fora das suas fronteiras – quase uma centena, segundo o Global Peace Index.
E se estamos aqui neste cantinho da Europa à beira-mar plantado, algo protegidos destes tantos verdadeiros conflitos armados, é impossível não pensar na guerra do Orçamento do Estado para 2025 – também esta a metralhar-nos através de todos os meios de comunicação, com muita gritaria à mistura...
Mas, nesta “batalha menor”, que apenas mexe com os nossos tostões de cada dia, aproveito para “plagiar” o sempre certeiro Henrique Monteiro: “Aqueles que conseguem pôr a falar uns com os outros quem está de armas levantadas seriam ótimos para explicar a Montenegro e Pedro Nuno que nem divergências chegam a ter. A paz é sempre possível e o acordo sempre alcançável”.
Mobilidade jovem
O Governo vai estender o passe social gratuito para todos os jovens até aos 23 anos, independentemente de estudarem ou não, alargando assim a medida aplicada pela primeira vez por António Costa durante o tempo da ‘geringonça’, garantindo a sua aplicação a mais 200 mil jovens. A nova medida deve ser aprovada no Conselho de Ministros extraordinário desta sexta-feira e “conta com 10 milhões de euros do Fundo Ambiental em 2024 e mais 25 milhões em 2025”, segundo fonte oficial do gabinete da Ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho.
Droga a céu aberto
Moradores, comerciantes e juntas de freguesia acusam a polícia de nada fazer quanto às denúncias da situação “explosiva” de confrontos, consumo de droga a céu aberto e “tráfico às claras” na zona da Mouraria. Há conflitos permanentes que quase sempre terminam em violência: “Parece que vivo no faroeste”, desabafa uma moradora. Mas a droga não é o único problema de uma zona que espelha as desigualdades crescentes nas ruas da capital.
Viver (de) mais
Hoje, o homem vive mais tempo do que em qualquer outro período da História. Em 2023, Portugal tinha cerca de 3150 pessoas com mais de 100 anos. E este número tende a crescer nas próximas décadas. Com este aumento dos anos que vamos viver (a que chamamos longevidade) surgem questões importantes sobre o futuro da saúde: quanto custará manter a saúde de uma sociedade que vive regularmente além dos 100 anos? O sistema de saúde conseguirá suportar as pressões de uma população envelhecida? Só o tempo dirá.
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Romenos podem entrar na Nowo
Depois do chumbo à compra pela Vodafone, a Nowo está prestes a passar para o grupo romeno Digi. A Autoridade da Concorrência deu a sua luz verde preliminar à operação, avaliada em €150 milhões. Agora, concorrentes podem pronunciar-se.
‘Lei Uber’
Lei mudou em 2023, mas estafetas continuam sem contrato de trabalho. Com mais de 800 processos em tribunal, maioria das decisões não reconhece vínculo aos trabalhadores. Advogados dizem que é preciso robustecer a lei.
Buraco da Efacec
Auditoria revela que 30% dos empréstimos à Efacec serviram para saldar dívidas à banca. O Tribunal de Contas arrasou a intervenção: “O Estado teve de pagar para vender a empresa”, resumiu a auditoria.
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O argentino fugitivo
Procura-se Rodolfo Lohrmann, o cérebro da célebre – e algo caricata – fuga de Vale de Judeus. Quem é o fugitivo argentino, mestre do disfarce, que se evadiu de Alcoentre com outros quatro reclusos? Condenado por assaltar bancos em Portugal, tem extenso currículo criminal na América do Sul e na Bulgária. Na sua terra natal, é acusado do rapto e homicídio do filho de um ex-ministro.
No topo do fundo do mar
O Expresso esteve a navegar cinco dias no Oceano Atlântico, a bordo do mítico ex-bacalhoeiro de quatro mastros “Santa Maria Manuela”, e acompanhou a maior expedição feita ao monte submarino Gorringe, a montanha mais alta da Europa Ocidental.
Entre o homem e o mito
Franz Kafka morreu há exatamente 100 anos. Morreu aos 40, ainda antes de ser considerado um dos escritores mais influentes do século XX, mas deixou uma obra intemporal. Checo que escrevia em alemão, redigiu milhares de páginas, das quais só 300 foram publicadas em vida, e quis que a sua obra fosse queimada.
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A todos um ótimo fim de semana.
Vemo-nos pelo Expresso.
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