Centeno, os Costas e Marcelo. Uma semana sem filtros

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Ouvido pelo Expresso, o governador do Banco de Portugal diz que o Ministro das Finanças pode fazer um bom mandato, mas alerta que a independência é “uma questão de atitude”. Carlos Costa, que está de saída, acrescenta que o seu sucessor irá “receber uma máquina que está rejuvenescida, com muito maiores competências, com uma estruturação muito forte, com um sentido de missão e um foco muito claro”.

O primeiro-ministro e o ministro das Finanças já falaram sobre esta hipótese de Centeno transitar para o Banco de Portugal. Se António Costa quiser, o Presidente não levantará qualquer obstáculo.

Tudo isto sucede quando se abrem cenários para as eleições presidenciais, a decorrer em Janeiro de 2021. Adolfo Mesquita Nunes, ex-vice-presidente do CDS é um dos nomes mais falado para se opor a Marcelo Rebelo de Sousa. Reune apoios entre alguns militantes do PSD, da Iniciativa Liberal e, claro, no CDS. A proximidade entre o Presidente e o primeiro-ministro terá sido o rastilho decisivo.

A semana que passou foi marcada pelo crime de Peniche. O pai de Valentina, a menina assassinada, confessou o homicídio no interrogatório à PJ. Não mostrou qualquer emoção, surpreendendo pela frieza do relato.

A Academia Sueca está a pedir candidaturas e Elvira Fortunato está na corrida para o Prémio Nobel da Física. A investigadora portuguesa é um dos nomes incontornáveis na ciência dos materiais.

Uma sondagem Expresso/SIC mostra que os portugueses estão com muito medo de sair à rua. A maior parte ainda considera que o pior está para chegar e assume com cepticismo o regresso às escolas, aos restaurantes e às praias.

Na Revista do Expresso não perca o perfil de Mário Ferreira, o homem que esta semana chegou a acordo com os espanhóis da Prisa para a compra de 30% da Media Capital, a dona da TVI. A sua história conta-se em oito páginas mas fique aqui com este resumo: aos 16 anos partiu para Londres com 50 libras no bolso. Aos 52 faz parte na lista dos 20 mais ricos de Portugal. O turismo fluvial valeu-lhe a alcunha de tubarão do Douro, mas os barcos são apenas um dos seus múltiplos negócios. A última corrida é a entrada na Media Capital. “Estou a colocar o meu dinheiro numa visão de futuro”, diz.

O que é que distingue a gastronomia portuguesa? A resposta é dada por Fortunato da Câmara: vinho, peixe, marisco e enchidos. E um receituário tradicional de enorme diversidade que produz o ‘milagre’ da multiplicação de arrozes, fumeiros, doçaria luxuriante e vinhos singulares.

A não perder, a entrevista a Bem Ferencz, o único procurador do célebre tribunal de Nuremberga, que julgou os criminosos nazis, que ainda vivo. Passou a vida inteira a tentar evitar que a História se repetisse. Aos cem anos ainda não perdeu a esperança. E não poupa críticas a Trump. Confessa que faz cem flexões por dia.

No Caderno de Economia, a manchete é dedicada às fraudes que por estes dias estão a ser cometidas por via do teletrabalho. As autoridade para as Condições de Trabalho e Segurança Social já investigam o uso abusivo do apoio às famílias por parte das empresas.

Na agricultura, a crise já é uma realidade. Os preços pagos aos produtores já cairão 50%. A carne, os queijos e alguns produtos hortícolas são, neste momento, os mais prejudicados.

O Novo Banco concedeu ao empresário José António dos Santos (dono do grupo Valouro e acionista do Benfica), também conhecido como o Rei dos Frangos, um desconto de 67% numa carteira de créditos sobre um conjunto de imóveis de elevado valor, incluindo uma quinta em Sintra e um palacete no Estoril. Num dos casos, banco aceita vender imóvel por €3 milhões após ceder crédito por valor inferior. O desconto nos empréstimo é na ordem dos 67%.

Tenha um bom fim de semana!