Boa tarde
No dia após o homicídio do conservador Charlie Kirk, com os Estados Unidos de novo a discutir o acesso às armas e a ameaça crescente da violência política no país, os investigadores vão somando detalhes e colocando cenários, enquanto prosseguem as buscas pelo suspeito.
Duas pessoas foram detidas na quarta-feira, mas as autoridades de segurança pública indicaram que nenhuma estava ligada ao ataque e ambas foram libertadas. Estão, no entanto, disponíveis "boas imagens" do suposto atirador, afirmam, e foi encontrada a arma possivelmente usada para matar o ativista conservador. Kirk foi morto a tiro, a partir de um telhado.
Que hipótese ganha mais força até agora? O atirador, ainda por identificar, entrou no 'campus' universitário no Utah, antes de disparar um único tiro de uma "espingarda de grande potência", aparenta "idade universitária" e terá conseguido misturar-se entre os estudantes.
Donald Trump culpou a esquerda e prometeu uma "caça ao homem" para encontrar o assassino do ativista de direita, que convenceu muitos jovens a elegê-lo. Mas dentro e fora de portas somam-se reações a frisar que a violência política não tem lugar nos EUA, como vieram dizer Barack Obama e Joe Biden. Pelo mundo, os líderes de Israel, Reino Unido, Itália, Argentina, também condenaram o ataque.
De adolescente suburbano de Chicago a influenciador político reconhecido, a emergência de Charlie Kirk como figura influente na ala conservadora da política norte-americana acompanhou a ascensão do populismo de direita nos Estados Unidos (e a transformação da política num espetáculo mediático de redes sociais), lembramos no artigo que traça o perfil de Kirk. Foi ele que defendeu: “Vale a pena suportar o custo de, infelizmente, algumas mortes por armas de fogo todos os anos para que possamos ter a 2.ª Emenda para proteger os outros direitos dados por Deus”. Ironia do destino, dir-se-á agora, depois de o fundador da “Turning Point USA” ter perdido a vida sob a mira de um atirador cujas motivações estão por conhecer, aos 31 anos.
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