Anadolu

Boa tarde

O alerta é da chefe do Programa Alimentar Mundial (PAM), depois de uma visita à Faixa de Gaza: "Encontrei crianças a morrer de fome e a receberem tratamentos para subnutrição grave e vi fotografias das mesmas quando estavam bem de saúde. Estão irreconhecíveis", afirmou Cindy McCain. A situação atingiu um 'ponto de rutura' e McCain diz ter testemunhado o que a nós nos chega filtrado pela distância. "Desespero extremo", é disso que se trata, sabendo-se que Israel está a intensificar as operações em torno da Cidade de Gaza desde quarta-feira.

De nada parece servir a pressão internacional para terminar a ofensiva. As acusações de fome da ONU são fabricadas, denuncia o Governo israelita, ainda que as Nações Unidas tenham declararam oficialmente a fome no território palestiniano a 22 de agosto, apontando a culpa a Israel.

Há mais. Peritos independentes das Nações Unidas condenaram hoje os relatos de "desaparecimentos forçados" de palestinianos que procuravam alimentos nos locais de distribuição, no sul do enclave, geridos pela Fundação Humanitária de Gaza, que nega as acusações. Os sete especialistas em direitos humanos afirmaram ter recebido informações de que várias pessoas, incluindo uma criança, tinham desaparecido depois de terem visitado os locais de distribuição de ajuda em Rafah, o que classificaram como um "crime hediondo".

Entretanto, há relato de duas reuniões à porta fechada em Washington para discutir o futuro da Faixa de Gaza, sem que nenhuma delas tenha contado com a presença de um representante palestiniano. Enfim, escrever relato é força de expressão, já que sobre a reunião presidida por Donald Trump na quarta-feira, na Casa Branca, não foram revelados detalhes. Sabe-se apenas que foi debatido o conflito entre Israel e o Hamas e os planos para o pós-guerra no território palestiniano, tendo estado presentes o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair e o antigo enviado dos Estados Unidos para o Médio Oriente, Jared Kushner.

Também nesta quarta-feira, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, recebeu o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Gideon Sa’ar, em Washington, com Sa’ar a dizer que não haveria “nenhum plano” para a existência de um Estado palestiniano. Vale a pena recordar os já conhecidos planos de Washington e de Telavive em cima da mesa para a Faixa de Gaza.

Em baixo, sugerimos outras leituras. Para acompanhar o estado do mundo e a atualidade nacional, agradecendo-lhe manter-se informado connosco.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: MGanhao@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate