Há um par de semanas, um denominado “Movimento pelo Gás Renovável”, aproveitando as perturbações e impactos do apagão ibérico de 28 de abril, lançou no espaço público a sua cartada. “Queremos mesmo pôr as fichas todas na eletricidade?”, questionava a página desse movimento, cuja petição, intitulada “Por uma política energética equilibrada”, até ao momento foi subscrita por algumas centenas de pessoas. A mensagem era clara: além da energia elétrica, há que apostar noutras fontes energéticas que nos permitam aquecer a água ou cozinhar o jantar quando a eletricidade falha. Mas há um pequeno detalhe. É que grande parte do promissor gás renovável também passa pelos eletrões. Sim, precisamos de pôr as fichas todas na eletrificação, nem que seja para garantir que os restantes vetores da transição energética realmente funcionam.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: mprado@expresso.impresa.pt