Expresso Energia

Baterias: onde estão os mínimos olímpicos?

Baterias: onde estão os mínimos olímpicos?

Miguel Prado

Editor de Economia

Ao longo dos anos Portugal vem apresentando indicadores positivos de qualidade de serviço na rede elétrica. A infraestrutura responde razoavelmente bem às flutuações diárias do consumo, às variações sazonais da procura e à crescente incorporação de eletricidade renovável. Mesmo no verão, quando parte do país ruma ao Algarve de férias e puxa pelo consumo a Sul, o sistema aguenta: dados da E-Redes mostram que em agosto do ano passado o consumo elétrico no distrito de Faro superou os 261 gigawatts hora (GWh), mais 42% do que em abril. As redes têm de estar preparadas e dimensionadas para distintos perfis de procura ao longo do ano. E a perspetiva de uma ainda maior quota de eletricidade renovável obrigará o país a estar dotado de flexibilidade adicional. Esta quinta-feira, à boleia da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, a cotação de referência do gás natural na Europa subiu para o valor mais alto desde dezembro do ano passado, o que reforça a importância de tornar o sistema elétrico menos vulnerável ao preço de um recurso que não controlamos. Um dos grandes desafios dos próximos anos será alcançar níveis relevantes de armazenamento com baterias. O tiro de partida acaba de ser dado.

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