Há dias, de passagem, por Lisboa, Diana Ürge-Vorsatz, vice-presidente do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas), sublinhava, numa apresentação, a assinalável redução de custo da energia solar nos últimos anos e os desafios na aceitação local de grandes centrais fotovoltaicas e do espaço que ocupam. Na conferência internacional EUPVSEC, dedicada ao setor fotovoltaico, quando questionada sobre a viabilidade da coexistência da energia solar e da nuclear, Diana Ürge-Vorsatz admitiu que sim, mas notando, com certa diplomacia, que cada país faz o seu caminho. Esse percurso está repleto de obstáculos. A oposição a projetos incómodos para as comunidades locais, há anos bem sintetizada na expressão “Nimby” (“not in my backyard”) tem, por vezes, escalado para posições de rejeição a quase tudo o que implique artificializar o território. É a lógica “Banana”: “build absolutely nothing anywhere near anyone”.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: mprado@expresso.impresa.pt