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6 factos que mostram como a violência doméstica está em sua casa (mesmo quando não se vê)

Boa tarde,
Todos os dias vemos notícias sobre violência doméstica. Todos. Há uns anos, numa crónica, fiz as contas e percebi que, per capita, os homens portugueses são mais violentos do que os americanos, por exemplo. Brandos costumes, ah? Sistematicamente, há campanhas de sensibilização para o assunto. A mais marcante, parece-me, foi feita na semana passada pela Rádio Renascença liderada pelas 3 da Manhã.

Mas a questão é que a agressão física é a manifestação criminosa de uma cultura muito mais lata; ou seja, a minoria de homens que agride e mata não vem do inferno, não são encarnações terrenas e tugas de Lúcifer; estes homens vêm de uma cultura que é mesmo patriarcal e que dá ao homem a ideia de que deve ser servido e que a mulher deve servir. Todos os relatos das mulheres ouvidas pela Renascença, desde a cidadã anónima até à artista, vão no mesmo sentido das grandes reportagens sobre o tema: quando deixam de servir – desde a cama à mesa – as mulheres passam a ser agredidas. O não servir é desculpa para a agressão. E esta cultura – a mulher serve, o homem é servido – está por todo o lado e todos nós somos coniventes com a dita, direta ou indiretamente. Basta não questionarmos.

Deixo-vos seis factos que mostram isso.

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