As ida ao supermercado pesam mais na fatura mensal do que antes do início da Guerra na Ucrânia, altura em que os preços começaram a subir a pique. Mas o aumento não foi sempre em escalada, teve os seus altos e baixos.
De acordo com as contas da DECO Proteste, desde 23 de fevereiro de 2022 até este mês de novembro, o cabaz de alimentos aumentou mais de 40 euros.
A 23 de fevereiro de 2022, era possível comprar o cabaz de 63 produtos essenciais monitorizados pela DECO por 183,63 euros. Passado um ano, exatamente os mesmos produtos, tinham um custo de aquisição pelo consumidor de 226,60 euros.
O pico foi atingido a 15 de março deste ano: custava 234,84 euros e na última contagem, a 22 de novembro, o cabaz custava €231,70, o que significa que está quase a voltar a atingir o seu pico.
Segundo a análise da DECO, foram as frutas, legumes e os laticínios as categorias que mais viram os preços subirem durante o último ano. E os alimentos que mais se destacam nos aumentos, também durante o último ano, foram, por exemplo, a couve-coração, o arroz carolino e a polpa de tomate.
Esta volatilidade nos preços começou ainda antes da guerra, resultado da pandemia covid-19 e de maus anos agrícolas, consequência das alterações climáticas. Houve um forte impacto na produção e na criação de stocks, ao mesmo tempo que se verificou um aumento do custo das matérias-primas, nos transportes e na energia.
Para tentar reduzir o impacto do aumento dos preços na carteira dos consumidores, o Governo criou a medida do IVA Zero, lançada em março deste ano. Com esta medida, o IVA de 46 produtos essenciais foi retirado, tornando esses produtos mais baratos.
Depois da medida ter sido alargada até dezembro, chega agora ao fim e, segundo a especialista Rita Rodrigues, da DECO Pro teste, os consumidores vão sentir o fim do IVA Zero nas suas carteiras, onde se deverão vir a somar os habituais ajustes aos preços feitos no início de cada ano, que poderá significar uma nova - e mais acentuada - subida dos preços.
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