É provável que já lhe tenha acontecido receber a conta de um arranjo do seu carro e ficar surpreendido pelo elevado valor.
De boca em boca passa a desconfiança dos consumidores pelas oficinas de reparação automóvel, mas a verdade é que há formas de se proteger de potenciais enganos, já para não falar que as oficinas têm de respeitar um conjunto de regras legais.
O segredo está no orçamento. Um orçamento escrito, detalhando o trabalho, peças e preços, não só lhe dá a noção do que vai gastar, - antes de ter efetivamente de pagar - como lhe dá oportunidade de questionar eventuais dúvidas ou comparar preços em diferentes oficinas.
Para além destas informações, o documento deve ainda ter presente a identificação do profissional, a forma e prazo de pagamento e a data de execução dos serviços.
Normalmente não terá de pagar pelo pedido de orçamento prévio, mas há estabelecimentos que podem cobrar um valor por esse trabalho, que deve ser comunicado ao consumidor assim que o pedido for feito.
O orçamento dá-lhe a segurança e razão em recusar reparações não previstas sem a sua autorização. E assim fica resolvida uma das principais queixas dos consumidores. Mas há mais.
Muitos dos conflitos entre cliente e oficina resultam de reparações com defeito e pouca duração de peças ou arranjos que acabam por obrigar o cliente a voltar à oficina.
Em primeira instância, deve sempre optar pelo diálogo com a própria oficina, mas se esta se mostrar irredutível, passe a reclamação à gerência da firma. Entregue um documento onde descreva o sucedido, indicando o tipo de serviço pedido.
Se o problema envolver uma reparação com defeito, indique também a data de entrega e devolução do veículo.
Se não responderem à sua reclamação, passe ao plano C e escreva no Livro de Reclamações, já que nesse caso, a oficina é obrigada a dar-lhe uma resposta no prazo máximo de 15 dias e, para além disso, a situação segue automaticamente para a entidade fiscalizadora.
Ainda tem mais duas opções: reclamar na Autoridade de Segurança Alimentar e Económica ou nos Centros de arbitragem.
Evite usufruir de serviços prestados em “economia paralela”, ou seja, optar por oficinas sem licença adequada, já que nestas circunstâncias, será difícil conseguir provar o erro ou fraude, uma vez que não lhe é emitida uma fatura.
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