De ano para ano sentimos que são cada vez mais as catástrofes naturais noticiadas. Mas não é apenas na televisão ou nos jornais. Já vemos o impacto direto das alterações climáticas na degradação dos solos para a agricultura, nas barragens que secam no verão e as cidades que enchem de água no inverno, tal como assistimos nas cheias em Lisboa e Porto dos últimos meses.
A perspetiva futura não é animadora, por isso nunca é demais estar protegido de forma a evitar elevados prejuízos materiais. Para isso, pode contratar seguros, e neste artigo destacamos o seguro para “o maior investimento da nossa vida”, como se designa popularmente a casa para habitação.
De forma obrigatória, por lei, precisa de ter sempre um seguro que cubra um incêndio na habitação, no caso de viver num condomínio.
Mas para melhorar a proteção da sua casa pode optar por um seguro multirriscos-habitação, que segundo a DECO PRO TESTE “é um pouco mais caro do que o de incêndio, mas muito mais abrangente”. Para não aumentar tanto o valor pode sempre optar apenas pelas coberturas base e deixar de lado as complementares.
As coberturas base incluem a de “incêndio, queda de raio ou explosão” e relativamente a desastres naturais, quase sempre incluídas no pacote base, incluí as “tempestades”, “inundações”, “aluimento de terras” e “demolição e remoção de escombros”.
De forma facultativa, pode adicionar as coberturas para “fenómenos sísmicos” - onde o preço varia consoante a localização de risco e idade do imóvel - e para danos causados por água, em termos de canalização e esgotos, ainda que este último se encontre por vezes incluído nas coberturas básicas.
A cobertura de tempestades inclui inundações e ventos fortes. Relativamente à primeira, só pode ser ativada se a água atingir, no mínimo 10 milímetros em 10 minutos. Fora da proteção estão estragos causados por uma janela aberta, pelo mar e em dispositivos de proteção.
Quanto às tempestades, o seguro cobre os danos de ventos com velocidade superior a 90 ou 100 quilómetros por hora e com estragos em edifícios sólidos num raio de cinco quilómetros. Se o edifício não for completamente destruído, fica de fora a proteção das persianas, marquises, vedações ou portões.
As coberturas facultativas são mais abrangentes e fazem com que esteja protegido em muitas outras situações inesperadas, mas de forma geral, cada uma que adiciona ao “pacote”, é somado um certo valor ao prémio a pagar.
Por vezes pode ser necessário provar os estragos à seguradora, por isso, tire fotografias e grave vídeos, se possível, apresente contactos de testemunhas e conserve alguns bens danificados. Se tiver de provar os valores da força do vento e dos mínimos alcançados pelas chuvas torrenciais, faça o pedido de emissão de documento ao Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Quanto aos bens ou recheio da casa, avalie corretamente o seu valor e atualize-o periodicamente, para não perder dinheiro em caso de sinistro.
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