Lusa

Reino Unido e França reforçam pedido de apoio para Kiev

Reino Unido e França reforçam pedido de apoio para Kiev
Tobias Schwarz/AFP via Getty Images

No aniversário da “Entente Cordiale”, o acordo entre Londres e Paris que ajudaria à criação da aliança na Primeira Grande Guerra, Cameron e Séjourné destacaram o compromisso em combater as alterações climáticas e o terrorismo

O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, David Cameron, e o seu homólogo francês, Stéphane Séjourné, reforçaram hoje o pedido de apoio internacional à Ucrânia, num artigo conjunto que foi publicado pelo 120º aniversário da 'Entente Cordiale'.

"Ambos estamos absolutamente certos: a Ucrânia deve vencer esta guerra. Se a Ucrânia perder, todos nós perderemos. O custo de não apoiar a Ucrânia agora será muito maior do que o custo de repelir (o presidente russo, Vladimir) Putin", segundo o artigo publicado no jornal The Telegraph, por ocasião do aniversário da 'Entente Cordiale', tratado de não-agressão assinado entre os dois países em 1904.

Os dois ministros acrescentam que é necessário garantir a derrota da Rússia porque "o mundo está a observar".

"O Reino Unido e a França estão orgulhosos do apoio que estão a prestar à Ucrânia, desde as sanções sem precedentes até as entregas coordenadas dos primeiros sistemas de mísseis de longo alcance, Scalp e Storm Shadow", sublinharam.

"A guerra de agressão da Rússia na Ucrânia está no seu terceiro ano e está a ter um impacto profundo na segurança europeia e euro-atlântica. Há um conflito que causa instabilidade no Médio Oriente, com ramificações que são profundamente sentidas nas nossas próprias sociedades. E existe ainda o enorme desafio global das alterações climáticas", sublinharam.

"Somos parceiros na luta contra o terrorismo e o extremismo. Mesmo condenando a guerra de agressão de Putin na Ucrânia, expressámos solidariedade com o povo russo após a terrível violência infligida pelo grupo Estado Islâmico em Crocus", em março passado, em Moscovo, disseram.

"E devemos ser inabaláveis no nosso trabalho crítico para enfrentar as alterações climáticas e desenvolver sistemas energéticos livres de carbono."

Os dois ministros alertaram que "não cabe à França e ao Reino Unido resolverem esses desafios sozinhos. Mas, juntos, podemos mobilizar outros para se juntarem a nós na superação desses".

Cameron e Séjourné destacaram o compromisso de amizade entre os dois países, baseado na segurança e na prosperidade.

"Nos últimos 120 anos, não construímos apenas uma amizade estreita. Ajudámos a construir um mundo melhor", afirmaram os dois ministros.

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