As buscas por sobreviventes na Alemanha e na Bélgica - os dois países mais atingidos pelas chuvas torrenciais e cheias que se seguiram no final desta semana – prosseguem, mas estão já confirmadas pelo menos 150 vítimas mortais, de acordo com informações das autoridades locais, citadas pelas agências internacionais.
Só em duas regiões do ocidente da Alemanha (Renânia-Palatinado e a Renânia do Norte-Vestfália.), estão contabilizadas 136 vítimas mortais, incluindo 12 moradores de numa residência para pessoas com dificuldades de locomoção.
Há ainda mais de um milhar de desaparecidos pelo que se teme que os números se agravem. As dificuldades de comunicação e acesso, com redes de telecomunicações em baixo, estradas destruídas e mais de 100 mil casas sem eletricidade, tornam as operações de busca o cálculo aos estragos ainda mais complicados.
“Há locais inteiros destruídos por este desastre. Muitas pessoas perderam o que demoraram toda a vida a construir”, lamentou o presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, depois de visitar já este sábado uma das áreas atingidas. Este foi já considerado o pior desastre natural na Alemanha em mais de meio século.
Na Bélgica, calcula-se que as cheias tenham causado 20 mortes e há ainda vários desaparecidos. O exército foi enviado para os locais mais afetados para ajudar nas operações de busca e evacuação. A maioria das mortes aconteceu perto da cidade de Liège, conta o The Guardian.
O Governo decretou que na próxima terça-feira será dia de luto nacional.
Com os especialistas a alertarem para uma maior frequência estes eventos meteorológicos extremos, como consequência do aumento das emissões de dióxido carbono e as alterações climáticas que provoca, as autoridades locais alemãs estão também sob fortes críticas. Isto por não terem antecipado as necessidades de evacuação dos locais mais em risco e cuidados acrescidos perante um alerta de cheias emitido pelo organismo europeu de monitorização.
Suíça, Luxemburgo e Países Baixos são outros dos países europeus afetados pelas chuvas diluvianas e a subida do leito dos rios.
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