CDS cancela parte das ações de campanha

Muitas horas depois de ter sido conhecida a notícia da morte de Freitas do Amaral, é oficial: o CDS vai cancelar parte das suas ações marcadas para esta sexta-feira, último dia da campanha eleitoral. A informação foi confirmada por Assunção Cristas, num jantar no Porto que deveria ter funcionado como comício mas passou a servir de homenagem ao fundador do partido.

A agenda para o dia final fica, assim, reduzida a apenas duas ações: uma visita ao mercado da fruta, nas Caldas da Rainha, pelas 11h e um almoço em Setúbal, às 14h. Inicialmente, a ideia era essas duas ações estarem integradas num percurso maior que levaria a caravana do Porto, onde está instalada, a Lisboa, onde terminaria o dia - e a campanha - com uma arruada no Chiado e um comício do largo do Caldas, morada da sua sede.

Os planos acabaram por ser alterados depois de uma tarde inteira de expectativa e vários anúncios dos outros partidos sobre os respetivos comícios e ações. Cristas decidiu cancelar a agenda a partir das 15 horas para que quem quiser possa, como ela, participar nas cerimónias fúnebres do fundador do partido (velório na sexta-feira e funeral no sábado). Para isso, cancelou também a viagem a Roma que estava prevista para sábado, para assistir à elevação de José Tolentino Mendonça a cardeal.

O jantar desta quinta-feira ficou assim marcado por um ambiente mais solene do que estava planeado: em vez da festa de encerramento de campanha que os centristas tinham previsto, houve discursos sóbrios e curtos de António Lobo Xavier e Assunção Cristas, ambos em evocação de Freitas do Amaral. Tudo sem músicas ou grandes espalhafatos, exceto o instrumental que serviu de pano de fundo a um vídeo com imagens de Freitas em vários momentos da sua vida política, e que encerrou com uma imagem do símbolo do CDS a preto e branco.