Operação Marquês

Greve dos procuradores não vai afetar julgamento da Operação Marquês

Julgamento do Ex-Primeiro Ministro José Sócrates, arguido na Operação Marquês, no Campos de Justiça, em Lisboa. FOTO TM
Julgamento do Ex-Primeiro Ministro José Sócrates, arguido na Operação Marquês, no Campos de Justiça, em Lisboa. FOTO TM
TIAGO MIRANDA

Protesto dos magistrados do Ministério Público vai decorrer nos dias 9 e 10 de julho a nível nacional mas não irá afetar o andamento do julgamento que tem como principal arguido José Sócrates

Greve dos procuradores não vai afetar julgamento da Operação Marquês

Rui Gustavo

Jornalista

Uma reunião de última hora entre o sindicato dos Magistrados do Ministério Público e a ministra da Justiça não foi suficiente para desbloquear o conflito entre procuradores e o líder da hierarquia, Amadeu Guerra - que deu a cara pelo último movimento dos magistrados que está na origem destes protestos -, mas não deverá ter influência nas futuras sessões da Operação Marquês.

O Expresso questionou a PGR sobre se os três procuradores que estão em exclusivo no julgamento da Operação Marquês - Rómulo Mateus, Nadine Xarope e Rui Real - irão aderir ao protesto, mas não teve qualquer resposta. No entanto, tanto uma fonte do sindicato como outra fonte judicial revelam que a equipa já garantiu que o prosseguimento do julgamento "está assegurado". Isto é, mesmo que algum dos procuradores faça greve, haverá pelo menos um representante do MP na sala de audiências.

José Sócrates, o principal arguido do caso, começa hoje a ser ouvido e, em principio, deverá ser interrogado em primeiro lugar pelo Ministério Público.

O Sindicato dos Magistrados do Ministério Público lançou um abaixo assinado contra o movimento anual (a transferência ou nomeação de magistrados para diferentes tribunais ou cargos), que, na perspetiva do sindicato, irá com as alterações imprimidas este ano, criar "uma magistratura `multitask` e generalista, espetando o último prego na tão almejada e apregoada especialização"

O documento teve a adesão de 75 por cento dos magistrados o que faz antever uma forte adesão à paralisação nacional de amanhã e quinta-feira e à regional de sexta-feira e segunda e terça-feira da próxima semana.

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