“Preocupação” de uns, “revolta” e “indignação” de outros. Caso Sócrates põe partidos de mira na Justiça (e alguns em silêncio)

Não foi preciso esperar muito para que a decisão instrutória da Operação Marquês dominasse o debate nacional. Figuras de quase todos os partidos recorreram ao Twitter para mostrar diferentes estados de alma, da preocupação à surpresa. E ao recato. O que não significa reações em nome dos partidos: PS, PSD e PCP estão ainda oficialmente em silêncio.

O primeiro-ministro até falou, mas à margem do velório de Jorge Coelho, que morreu esta quarta-feira, aos 66 anos. António Costa, à saída da Basílica da Estrela, não comentou a decisão de Ivo Rosa e limitou-se a reproduzir uma ideia que já tinha dado esta manhã. “Sobre esta matéria já disse tudo o que tinha dizer em outubro de 2014 e não tenho mais nada a acrescentar.”

Ora, em 2014 Costa o que disse, disse aos militantes do PS, num SNS mandado a todos quando Sócrates foi detido: “Caras e caros camaradas, estamos todos por certo chocados com a notícia da detenção de José Sócrates. Os sentimentos de solidariedade amizade pessoais não devem confundir a ação política do PS.” Foi assim que tudo começou.