Luanda Leaks

Reunião dos PGR de Angola e Portugal terminou uma hora depois de ter começado. À saída: silêncio

Reunião dos PGR de Angola e Portugal terminou uma hora depois de ter começado. À saída: silêncio
MARIO CRUZ/ Lusa

A reunião, que não estava na agenda da PGR portuguesa, terá servido para Pitta Grós "pedir muita coisa"

Reunião dos PGR de Angola e Portugal terminou uma hora depois de ter começado. À saída: silêncio

Rui Gustavo

Jornalista

Reunião dos PGR de Angola e Portugal terminou uma hora depois de ter começado. À saída: silêncio

Micael Pereira

Grande repórter

Silêncio. Foi assim que terminou a imprevista reunião entre Hélder Pitta Grós e Lucília Gago, os procuradores-gerais de Angola e Portugal que falaram durante pouco mais de uma hora. A reunião, que não estava na agenda da PGR portuguesa, terá servido para Pitta Grós "pedir muita coisa", como disse assim que aterrou em Lisboa.

O encontro decorreu um dia depois de Isabel dos Santos e quatro dos seus colaboradores portugueses terem sido constituídos arguidos num processo que investiga suspeitas de gestão danosa da Sonangol. O processo foi aberto em Angola e Pitta Grós poderá ter pedido colaboração às autoridades portuguesas para notificar os envolvidos: Sarju Raikundalia, braço direito de Isabel dos Santos na Sonangol, é suspeito de ter ordenado uma transferência - com a concordância da filha do ex-presidente - de cerca de 38,1 milhões de dólares para a Matter Business de Paula Oliveira e Jorge Brito Pereira, os outros portugueses envolvidos no caso, após a sua exoneração. Isabel dos Santos seria a beneficiária final desta transferência. Sarju Raikundalia era administrador financeiro de Isabel dos Santos.

Um quarto envolvido, Nuno ribeiro Cunha, gestor pessoal de Isabel dos Santos, ter-se-á suicidado na noite de quarta-feira.

Contactado pelo Expresso, o gabinete de Lucília Gago diz que não fará qualquer declaração a propósito do encontro.

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