União Europeia

Navio espião russo detetado em águas irlandesas

Navio espião russo detetado em águas irlandesas
Stockbyte

Uma embarcação russa entrou em águas irlandesas, numa zona onde se encontram condutas e cabos submarinos considerados essenciais para a energia e a Internet daquele país

Navio espião russo detetado em águas irlandesas

Hugo Franco

Jornalista

Um navio russo causou um foco de tensão com as autoridades irlandesas. Depois de ter entrado ilegalmente em águas controladas pela Irlanda, a embarcação acabou por ser detetada pelas autoridades de Dublin e escoltada para fora do mar da Irlanda. Segundo o "The Guardian", o navio russo, que se suspeita ser espião, encontrava-se numa zona onde se encontram condutas e cabos submarinos considerados essenciais para a energia e a Internet daquele país.

O navio foi avistado na quinta-feira a leste de Dublin e a sudoeste da Ilha de Man, mas os serviços de defesa aérea e da marinha norueguesa, americana, francesa e britânica observaram-no inicialmente a acompanhar um navio de guerra russo, o Admiral Golovko, através do canal da Mancha no passado fim de semana.

O "The Guardian" relata que o navio da marinha irlandesa escoltou a embarcação russa para fora da zona económica exclusiva (ZEE) irlandesa por volta das 3 da manhã de sexta-feira, tendo o corpo aéreo continuado a monitorizar os seus movimentos enquanto se dirigia para sul.

A sua presença suscitou novas preocupações quanto à segurança dos cabos submarinos que ligam a Irlanda ao Reino Unido e que transportam o tráfego mundial da Internet a partir de enormes centros de dados explorados por empresas tecnológicas como a Google e a Microsoft, que têm as suas sedes na UE na Irlanda.

O avistamento deste navio ocorreu numa altura em que as forças de defesa britânicas monitorizavam outras embarcações daquele país perto das suas águas costeiras. Na quinta-feira, os aviões militares britânicos foram também mobilizados para monitorizar um avião de reconhecimento russo que voava perto do espaço aéreo do Reino Unido, informou o Ministério da Defesa britânico citado pelo mesmo jornal.

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