Só desde o início do ano, já surgiram na internet vídeos falsos da Presidente da Moldávia a dar o seu apoio a um partido próximo da Rússia, quando ela é conhecida pelas suas posições pró-Ucrânia, uma mensagem áudio com uma voz parecida com a do líder do partido liberal da Eslováquia a discutir a possibilidade de comprar as eleições e um outro vídeo de uma deputada do Bangladesh — um país conservador de maioria muçulmana — a dançar de biquíni. Tudo isto foi feito com recurso a ferramentas de Inteligência Artificial (AI), que podem gerar vídeos, ilustrações, artigos noticiosos, imagens e mensagens de voz em meros segundos, mediante o pedido específico do utilizador.
A IA divide-se em milhares de funcionalidades. Algumas não estão sequer acessíveis ao utilizador comum da internet, outras sim, como os chamados chatbots, ou caixas de diálogo, que se assemelham, visualmente, a uma barra de pesquisa num normal motor de busca e onde podemos escrever perguntas que são respondidas por esse “assistente”, o “bot”, que, por sua vez, bebe informação do cérebro coletivo que é a internet e conjuga-a numa resposta aparentemente plausível. É possível perguntar literalmente qualquer coisa, mas há uma grande probabilidade de a informação não ser toda atual, fidedigna ou ambas.
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