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União Europeia

Entrevista a Dubravka Šuica, comissária europeia para a Democracia e Demografia: “As pessoas estão obcecadas com questões do dia a dia”

Dubravka Šuica, comissária para a Democracia e Demografia, na 10ª Cimeira das Regiões, em Mons, Bélgica
Dubravka Šuica, comissária para a Democracia e Demografia, na 10ª Cimeira das Regiões, em Mons, Bélgica
John Thys

Estamos quase a votar outra vez. É já em junho, para o Parlamento Europeu. Os números dizem que a abstenção tem vindo a descer, mas há sondages que mostram que os europeus se sentem cada vez mais distantes das instituições europeias, apesar de cerca de 70% da lei adotada nos parlamentos nacionais emanar de Bruxelas. A acrescentar a isto, há também um número significativo de cidadãos europeus que sente que as grandes crises, como o clima, a pandemia, a crise financeira, a imigração ou a guerra na Ucrânia não estão a ser abordadas de forma satisfatória pelos órgãos europeus. Temas para uma conversa com a comissária para a Democracia e Demografia, Dubravka Šuica

Ana França, em Mons

Às portas de umas eleições europeias que podem resultar na mais forte votação em partidos populistas desde o nascimento do projeto europeu, Dubravka Šuica, comissária para a Democracia e Demografia, concedeu uma entrevista ao Expresso, “Público” e TSF à margem da 10.ª Cimeira das Regiões e Cidades, organizada pelo Comité das Regiões, um órgão consultivo que representa as várias autarquias e regiões da UE, para falar sobre o galope dos populismos, as preocupações que tem escutado dos europeus nas suas reuniões com cidadãos anónimos, o inverno demográfico e as críticas de algumas organizações não-governamentais à maior bandeira do seu mandato: o pacote legislativo para o reforço da democracia.

As novas propostas visam, entre outras medidas, impor um registo obrigatório dos financiadores dessas organizações, algo que, dizem os seus críticos, pode contribuir para a estigmatização daquelas ONG que, financiadas ou não por entidades de fora da UE, adotem uma posição crítica em relação às políticas comunitárias. Leis semelhantes a esta, aprovadas na Hungria e na Geórgia, por exemplo, foram alvo de duras críticas por parte dos políticos europeus, que agora estão a ser acusados de estar a seguir os mesmos caminhos.

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